A ciência forense nunca foi um tema tão popular e tudo graças às séries televisivas.
Não há crime perfeito, um criminoso deixa sempre pistas para trás. É o que retrata a série televisiva CSI: Crime Scene Investigation. Um fio de cabelo, um pedaço de unha, pegadas e impressões digitais: todas estas pistas improváveis são ferramentas para se chegar ao criminoso. Um aparente suicídio acaba por se revelar um cruel assassinato, tudo isto apenas através da análise do tamanho do buraco da bala no corpo. Treinados nos antigos métodos de investigação, os especialistas da série procuram todas as evidências no local do crime. As suas conclusões são sempre surpreendentes. O motivo do crime e a identidade do culpado nem sempre são fáceis de descobrir mas tudo acaba por se resolver. No entanto a realidade é bem diferente.
Existem várias diferenças entre os métodos reais de trabalho e os métodos aplicados na série CSI. Por exemplo, na série, um indivíduo é dotado para recolher provas da cena do crime, fazer qualquer tipo de testes, analisar qualquer tipo de provas ou mesmo para interrogar os suspeitos.
Na realidade, tal não se processa deste modo, uma vez que a ciência forense abrange diversos ramos, por isso existem especialistas para cada tipo de tarefa. Existe um grupo de especialistas que são formados para apenas recolher provas da cena do crime, a que se dá o nome de Investigação. A investigação pode determinar se, em vez de ser ela própria a recolher provas, deverá ser o Laboratório (grupo de pessoas especializadas em análises de provas químicas ou biológicas). Quanto aos suspeitos apenas são interrogados pela Policia técnica.
Vemos também em séries, que um espaço se divide em laboratório, em sala de interrogatório e em escritório. Na verdade, isso não acontece. Depois das provas recolhidas, estas são enviadas para laboratórios tendo em conta o seu tipo. Em seguida, são esperados os resultados, e cada prova é analisada por ordem de chegada, o que condiciona o tempo de investigação, logo o processo não será encerrado tão rapidamente como vemos em CSI. Para além disso, existe também o tempo que os especialistas demoram a interpretar todas as provas e resultados.
Em ficção existem todo o tipo de aparelhos, para analisar todo o tipo de provas. Um pequeno aparelho distingue tudo o que se encontra numa peça de roupa, ou mesmo todos os químicos presentes no ar. Infelizmente ainda não temos este tipo de equipamentos na vida real, o que dificulta o trabalho dos nossos especialistas. Portanto muitos daqueles aparelhos que vemos facilitarem, em muito, a vida aos investigadores de CSI, nem sequer existem. Mesmo assim é afirmado que Portugal é um dos países que se encontra na vanguarda no que diz respeito à tecnologia forense.
Por outro lado, séries como CSI: Miami, CSI: Las Vegas e CSI: Nova York, foram responsáveis por fomentar o público a desenvolver um grande fascínio e respeito pela ciência forense, levando a uma grande procura nesta área, surgindo assim maior diversidade de cursos nas Universidades. Além disso, os investimentos no campo da pesquisa aumentaram. Muitos laboratórios foram equipados com melhores ferramentas de trabalho, o que proporciona uma melhor análise de provas e, por conseguinte, uma maior facilidade na resolução de casos.
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