quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Odontologia Forense


A odontologia forense aplica o conhecimento técnico e científico da estrutura dentária à identificação de cadáveres. Tal é possível porque os dentes são estruturas resistentes à putrefacção, ao calor, aos traumatismos e à acção de certos reagentes químicos. Além disso cada dentadura é específica de um indivíduo, não existem duas iguais.
Deste modo é analisado: o número de dentes; alterações de posição ou rotação; alterações congénitas ou adquiridas (hábitos, profissão); alterações patológicas ou traumáticas (cáries) e por último, a existência de tratamentos (amálgamas, coroas, próteses fixas ou removíveis). 
Outra forma de identificação é através das marcas de mordida, que funciona como uma espécie de impressão digital.



De facto, os dentes são frequentemente usados como armas, quer de defesa quer de ataque. O que possibilita a identificação do possível homicida. 

As marcas de dentes descobertas em alimentos encontrados no local do crime, por exemplo, também são analisadas. Com efeito, este tema já foi muitas vezes abordado na série televisiva CSI: Crime Scene Investigation.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Visão do futuro da Microsoft para 2019

Um vídeo com uma visão sem dúvida futurista, no qual a Microsoft apresenta protótipos de soluções que prometem revolucionar o mundo daqui a uns anos.

This is amazing!!



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Entomologia Forense


A entomologia forense consiste no estudo de insectos e outros artrópodes num contexto legal. Tem inúmeras aplicações como a determinação do tempo mínimo desde a morte através da medição dos insectos, o local em que ocorreu o crime e descobrir se a vítima ingeriu toxinas. Nada é subjectivo, "são apenas insectos a contarem uma história". Ao contrário das pessoas, as moscas "não mentem nem fazem suposições culturais". 
Os insectos constituem 90% da vida na Terra, são milhares de espécies e conseguem chegar à cena do crime antes da polícia. 
O principal pressuposto é que o corpo não está morto há mais tempo do que o necessário para os insectos chegarem ao cadáver e se desenvolverem. Assim, a idade dos insectos mais velhos presentes no corpo determina o intervalo postmortem mínimo.
Os insectos mais valiosos para a entomologia forense são as varejeiras (família Calliphoridae), uma vez que são geralmente as primeiras a colonizar um corpo após a morte, muitas vezes num espaço de horas.
Muitas outras espécies de mosca, escaravelho, vespa e traça estão associadas aos cadáveres, constituindo uma sucessão de insectos a colonizar o corpo, mas como tendem a chegar depois das varejeiras são menos úteis na determinação do intervalo postmortem mínimo.


A postura das varejeiras ocorre geralmente nos orifícios naturais, como por exemplo, a boca, o nariz, os olhos e os ouvidos ou noutros locais mais escuros e húmidos tais como dobras de roupa ou debaixo do corpo. Os ovos eclodem, nascendo larvas de primeiro estádio que crescem rapidamente, sofrendo duas mudas para passar pelo segundo e terceiro estádios até pararem de se alimentar.
Conforme a espécie, podem transformar-se em pupas no cadáver ou afastar-se em busca de um local apropriado.
Então, a larva contrai-se e a cutícula endurece e escurece, formando o pupário em forma de barril, no interior do qual a pupa sofre metamorfose, transformando-se numa mosca adulta. Quando a mosca emerge, a cápsula vazia do pupário fica para trás como prova duradoura do seu desenvolvimento.

Ciclo de vida de uma varejeira Calliphorídea (adultos, ovos, larvas de primeiro estádio, larvas de segundo estádio, larvas de terceiro estádio, pupários contendo pupas)

Num caso, o entomólogo forense pode deslocar-se pessoalmente ao local do crime a fim de recolher as espécimes de insecto do cadáver ou, em alternativa, recolher os espécimes durante o exame postmortem.




Fonte:
http://www.scienceinschool.org/2006/issue2/forensic/portuguese

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Queratina


A queratina ou ceratina é uma proteína que forma diversas estruturas do corpo. Nos animais, pode ser encontrada nas unhas, pêlos e chifres. No Homem está presente nas unhas e no cabelo.
A queratina é muito importante para o crescimento e vitalidade dos cabelos, por isso é comum serem realizados, em salões de beleza, tratamentos capilares à base de queratina.




A queratina apresenta uma resistência, quimicamente explicada pela presença de muitas ligações enxofre-enxofre entre as cadeias de polipeptídio, onde essas cadeias se encontram muito próximas fazendo com que a queratina seja dura e resistente. Formada por vários aminoácidos, entre eles a cisteína.
É o Resultado de um processo metabólico de síntese contínua, desde a célula basal (célula mais profunda) até a célula córnea (célula mais superior). Na camada basal germinativa, a queratina é chamada de " queratina mole", polimeriza-se no decorrer da maturação celular, quando as células chegam á camada córnea, a queratina torna-se "queratina dura", as células neste ponto encontram-se mortas, e seu citoplasma preenchido por queratina.

Fontes: 
http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1955612-queratina-suas-fun%C3%A7%C3%B5es/
http://belapura.blogspot.com/2008/08/queratina.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

L-DOPA



A L-Dopa ou Levodopa é a forma natural da dihidroxifenilalanina e o percursor imediato da dopamina. É a droga mais efectiva no tratamento de Parkinson, mas o seu uso está associado ao aumento de discinesias (dificuldade nos movimentos voluntários).

Se não houvesse nenhum efeito adverso associado com o seu uso, o tratamento da Doença de Parkinson seria uma questão simples. As maiores preocupações no tratamento dos doentes de Parkinson prendem-se com a tentativa de superar os efeitos adversos comuns do tratamento com a levodopa.


A dopamina não cruza a barreira hematoencefálica, pelo que não é utilizada na terapêutica da doença de Parkinson. A tirosina, aminoácido essencial, transforma-se em levodopa por meio da enzima tiroxina hidroxilase.
A levodopa é um aminoácido neutro de cadeia longa, está presente na forma natural em certas verduras. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Teoria do Caos e Complexidade "Efeito Borboleta"


A Teoria do Caos baseia-se na seguinte frase: “O simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um tufão do outro lado do mundo”. Arrepiante, não? Este exemplo prático e tradicional é chamado de "Efeito Borboleta".
A Teoria do Caos surgiu, precisamente, com o objectivo de compreender e dar resposta às flutuações erráticas e irregulares que se encontram na Natureza.
Assim, eventos que parecem insignificantes podem tomar proporções gigantescas. 

         Atrator estranho de Lorenz
O termo Efeito Borboleta foi analisado pela primeira vem em 1963 por Edward Lorenz, meteorologista e matemático norte-americano.

Um exemplo real do Efeito Borboleta foi observado no ano de 1998. Os computadores do Sistema de Previsão de Tempestades Tropicais dos Estados Unidos diagnosticaram a formação, dentro de três dias, de uma tempestade tropical sobre Louisiana. Entretanto, um meteorologista dessa agência que estava numa base sobre o Oceano Atlântico verificou uma pequena diferença nas medições executadas e que essa pequena diferença poderia provocar uma alteração no deslocamento das massas de ar. Então, os meteorologistas resolveram realimentar os computadores com o novo dado e verificaram que a tempestade tropical que se formaria sobre Louisiana não ocorreria, mas que haveria a formação de um tornado de proporções gigantescas em Orlando, na Flórida, o que realmente ocorreu três dias depois.
O dado inserido ligeiramente errado era a velocidade de deslocamento das massas de ar da região do Alasca que se encontra a milhares de quilómetros da Flórida.

Fonte:

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Lei de Coulomb

Charles Coulomb


A lei de Coulomb rege as interações entre partículas electrizadas. Usando um modelo newtoniano, ele estabeleceu que a interação electrostática entre essas partículas se manifesta por meio de forças de atração e repulsão, dependendo dos sinais das cargas.

Partículas eletrizadas podem se interagir através da atração, quando as cargas elétricas delas possuem sinais opostos, e por repulsão, quando a carga elétrica for de sinais iguais

A força exercida por uma carga pontual sobre outra actua ao longo da linha que une as cargas. Essa força varia de forma inversamente proporcional com o quadrado da distância que separa as duas cargas e é proporcional ao produto das duas cargas. 

A intensidade |||| da força electrostática (ou eléctrica) exercida por uma carga q1 sobre uma carga q2 sendo r a distância entre as cargas (que também é chamada força de Coulomb) é dada por:

              k é a constante de Coulomb (determinada experimentalmente)
k = 8.99×109 N m2.C-2


q1 e q2 têm o mesmo sinal de carga
Força eléctrica repulsiva

q1 e q2 têm sinal de carga opostos
Força eléctrica atractiva

A expressão matemática da força de Coulomb é análoga à de Newton da atracção universal.

No caso da lei de Newton a força é sempre atractiva.

Pela 3ª lei de Newton, a força 2,1 exercida por q2 sobre q1 é igual mas de sentido contrário à força 1,2 exercida por q1 sobre q2:


Fontes:
http://rogeriofisica.blogspot.com/
http://www.e-escola.pt/topico.asp?id=156

Aquaporinas Eucerin




A Eucerin Skin Research lançou uma nova gama de cosméticos à base de aquaporinas que promete revolucionar a hidratação da pele.  
As aquaporinas são substâncias responsáveis pelo transporte de água através das membranas celulares. Existem canais para a hidratação capazes de distribuir a água nas camadas mais profundas da pele, tendo um papel importante no seu aspecto.
O vídeo, a seguir, explica como actuam estes produtos:



Gama Eucerin Aquaporinas
  • Composta por quatro produtos: três hidratantes faciais para diferentes tipos de pele (normal, sensível, seca e mista-normal) e outro para o redor dos olhos.

"Folding" das Proteínas

Folding da proteína

O folding ou enrolamento das proteínas é um processo químico através do qual a estrutura de uma proteína assume a sua configuração funcional.

O processo inverso denomina-se desnaturação. As proteína desnaturadas não são funcionais e podem perder a sua solubilidade e precipitar. Embora seja um processo irreversível, em alguns casos, a desnaturação pode ser reversível e as proteínas podem voltar a dobrar-se.
Nos últimos anos, foram identificadas várias patologias humanas e animais que resultam de folding incorrecto ou de baixa estabilidade de certas proteínas.


As doenças mais conhecidas são: as encefalopatias espongiformes, a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson e as Polineuropatias Amilóides Familiares (PAF), entre as quais a PAF portuguesa, vulgarmente conhecida como "doença dos pezinhos".

Metabolismo Celular

Metabolismo: conjunto de reacções químicas que ocorrem no interior das células.
Estas reacções químicas são:

Anabolismo:                                                                     
Ocorre síntese de moléculas complexas a                             
partir de moléculas simples. Consome-se
energia (reacção endoenergética).
Ex.: síntese proteica e síntese de ácidos gordos          

Catabolismo: 
Ocorre degradação de compostos orgânicos
em moléculas mais simples. Liberta-se energia
sob a forma de ATP (reacção exoenergética).
Ex.: "quebra" das proteínas do tecido muscular
para obter energia


Numa reacção catabólica, a energia libertada realiza-se por etapas. Caso fosse libertada de uma só vez, provocaria um elevado aumento da temperatura, o que poderia colocar em risco a vida. Esta energia não pode ser utilizada directamente nas actividades celulares, sendo, por isso, acumulada em compostos intermédios como o ATP (Adenosina Trifosfato) - considerado transportador universal de energia, a nível celular.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

CSI: Ficção vs Realidade




A ciência forense nunca foi um tema tão popular e tudo graças às séries televisivas.
Não há crime perfeito, um criminoso deixa sempre pistas para trás. É o que retrata a série televisiva CSI: Crime Scene Investigation. Um fio de cabelo, um pedaço de unha, pegadas e impressões digitais: todas estas pistas improváveis são ferramentas para se chegar ao criminoso. Um aparente suicídio acaba por se revelar um cruel assassinato, tudo isto apenas através da análise do tamanho do buraco da bala no corpo. Treinados nos antigos métodos de investigação, os especialistas da série procuram todas as evidências no local do crime. As suas conclusões são sempre surpreendentes. O motivo do crime e a identidade do culpado nem sempre são fáceis de descobrir mas tudo acaba por se resolver. No entanto a realidade é bem diferente.

Existem várias diferenças entre os métodos reais de trabalho e os métodos aplicados na série CSI. Por exemplo, na série, um indivíduo é dotado para recolher provas da cena do crime, fazer qualquer tipo de testes, analisar qualquer tipo de provas ou mesmo para interrogar os suspeitos.
Na realidade, tal não se processa deste modo, uma vez que a ciência forense abrange diversos ramos, por isso existem especialistas para cada tipo de tarefa. Existe um grupo de especialistas que são formados para apenas recolher provas da cena do crime, a que se dá o nome de Investigação. A investigação pode determinar se, em vez de ser ela própria a recolher provas, deverá ser o Laboratório (grupo de pessoas especializadas em análises de provas químicas ou biológicas). Quanto aos suspeitos apenas são interrogados pela Policia técnica.

Vemos também em séries, que um espaço se divide em laboratório, em sala de interrogatório e em escritório. Na verdade, isso não acontece. Depois das provas recolhidas, estas são enviadas para laboratórios tendo em conta o seu tipo. Em seguida, são esperados os resultados, e cada prova é analisada por ordem de chegada, o que condiciona o tempo de investigação, logo o processo não será encerrado tão rapidamente como vemos em CSI. Para além disso, existe também o tempo que os especialistas demoram a interpretar todas as provas e resultados.

Em ficção existem todo o tipo de aparelhos, para analisar todo o tipo de provas. Um pequeno aparelho distingue tudo o que se encontra numa peça de roupa, ou mesmo todos os químicos presentes no ar. Infelizmente ainda não temos este tipo de equipamentos na vida real, o que dificulta o trabalho dos nossos especialistas. Portanto muitos daqueles aparelhos que vemos facilitarem, em muito, a vida aos investigadores de CSI, nem sequer existem. Mesmo assim é afirmado que Portugal é um dos países que se encontra na vanguarda no que diz respeito à tecnologia forense.

Por outro lado, séries como CSI: Miami, CSI: Las Vegas e CSI: Nova York, foram responsáveis por fomentar o público a desenvolver um grande fascínio e respeito pela ciência forense, levando a uma grande procura nesta área, surgindo assim maior diversidade de cursos nas Universidades. Além disso, os investimentos no campo da pesquisa aumentaram. Muitos laboratórios foram equipados com melhores ferramentas de trabalho, o que proporciona uma melhor análise de provas e, por conseguinte, uma maior facilidade na resolução de casos.

Fontes:

Bioquímica Forense

     A Bioquímica Forense consiste na aplicação de técnicas bioquímicas padrão e ensaios nas investigações criminais, permite explicar os processos moleculares que ocorrem no cadáver.
     Em muitos casos, técnicas muito simples podem ser empregadas para determinar uma grande quantidade de informações sobre a natureza química de uma amostra de material que foi recolhido como evidência na cena do crime.



          Um instituto de análises forenses pode dividir-se em vários sectores: 


Química forense
     
-Identificação de drogas psicotrópicas;
-identificação e constatação de drogas “brutas” ou “in natura”: maconha, cocaína, crack, cola-de-sapateiro, ecstasy e outras;
-identificação de acelerantes de incêndio (resíduos), explosivos e outros materiais de interesse forense;
-análises de explosivos, por meio de reflatometria;
-análise de resíduos do tiro - residuografia.

Toxicologia forense

-Testes de imunoensaio cromatográfico para drogas de abuso em urina;
-análises toxicológicas em matrizes biológicas (sangue, urina, vísceras), com a finalidade de determinar a presença de drogas psicotrópicas e venenos em geral;
-perícia Indeterminada: pesquisa de drogas e venenos em geral em material não biológico;
-dosagem alcoólica em sangue;
-análise de bebidas alcoólicas: determinação de autenticidade;
-outras análises solicitadas por autoridade competente no campo da Toxicologia Forense.


Bioquímica forense 

-Pesquisa de esperma em materiais colhidos de vítimas de violência sexual e em outros materiais de interesse forense;
-teste imunológico para gravidez;
-teste de PSA (Antígeno Prostático Específico).


Imunohematologia

-Identificação de sangue "in natura" e em materiais forenses;
-pesquisa de sangue humano;
-tipagem sanguínea em material de interesse forense por gel centrifugação.

genética forense

-Análise de DNA humano para fins de identificação (paternidade, identificação de cadáveres, análises de crime sexual).

microvestígios


-Identificação de cabelo humano, animal e artificial;
-identificação de fibras naturais e sintécticas;
-análise de resíduos vegetais;
-análise de fragmentos de vidro, osso e outros materiais;
-análise de resíduos de terra e areia;
-análise tridimensional de pequenos objectos;
-análise de vestígios de sangue;
-análise de vestígios de tinta;
-outras análises de interesse forense.